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sábado, 25 de maio de 2013

Como havia prometido na resenha de Lola e o Garoto da casa ao lado.     

   Anna e o Beijo Francês


                                                      Stephanie Perkins



04
Romance Estrangeiro
Editora Novo Conceito
288 páginas


“Isto é tudo o que sei sobre a França: Madeline, Amélie e Moulin Rouge. A Torre Eiffel e o Arco do Triunfo também, embora eu não saiba qual a verdadeira função de nenhum dos dois. Napoleão, Maria Antonieta e vários reis chamados Louis. Também não estou certa do que eles fizeram, mas acho que tem alguma coisa a ver com a Revolução Francesa, que tem algo a ver com o Dia da Bastilha. O museu de arte chama-se Louvre, tem o formato de uma pirâmide, e a Mona Lisa vive lá junto com a estátua da mulher sem braços. E tem cafés e bistrôs — ou qualquer nome que eles dão a estes — em cada esquina... Não é que eu seja ingrata, quero dizer, é Paris. A Cidade Luz! A cidade mais romântica do mundo.” Anna Oliphant não está nada entusiasmada com a ideia de se mudar para Paris, já que seu pai, um famoso escritor norte-americano, decidiu enviá-la para um colégio interno na Cidade Luz. Anna prefere ficar em Atlanta, onde tem um bom emprego, uma melhor amiga fiel e um namoro prestes a acontecer. Mas, ao chegar a Paris, Anna conhece Étienne St. Clair, um rapaz inteligente, charmoso e bonito. Só que Etiénne, além de tudo, tem uma namorada... Anna e Etiénne se aproximam e as coisas ficam mais complicadas. Será que um ano inteiro de desencontros em Paris terminará com o esperado beijo francês? Ou certas coisas simplesmente não estão destinadas a acontecer? Stephanie Perkins escreveu um romance de estreia divertido, com personagens espirituosos que garantem dedos formigando e corações derretendo.


Eu tenho insônia, e raramente durmo quando viajo de avião, então aproveitei pra ler ele no voo pra Suíça, comecei as 00 hs e terminei antes de servirem o café da manha.

Ele é um livro leve, engraçado e com uma leitura fácil.

Anna é uma adolescente de 17 anos, filha de pais separados, cujo pai é um autor famoso (muito Nicholas Sparks) que decide manda-la fazer o ultimo ano do high school em Paris, e ela não esta nada feliz com isso. Ela teve que abandonar a melhor amiga Bridge e um ótimo candidato a namorado, o Toph, alem do seu irmãozinho mais do que fofo, o Sean. Anna chega em Paris revoltada e muito triste por deixar Atlanta pra estudar em um colégio interno, em um país estranho com um idioma que ela não entende e não fala nenhuma palavra. Anna é engraçada, tímida, apaixonada por cinema, as vezes faz umas burradas, mas qual a protagonista que não faz merda uma vez ou outra?

Logo na primeira noite ela já conhece Meredith, uma garota muito extrovertida que cara já recebe Anna muito bem no seu grupo. Saindo do quarto da Meredith, Anna encontra Etienne, lindo, gentil, engraçado e pra fechar o pacote ele tem sotaque britânico, quem resiste? Anna com certeza não! O defeito dele? Uma namorada! E ser inseguro e um pouquinho enrolado. Na verdade tanto Anna quanto Etienne tem o problema de não conseguirem ficar sozinhos.

Eles começam uma amizade sem segundas intenções, e o livro todo vai contando como essa amizade vai evoluindo.

"Seguro na ponta da mesa de um café na calçada para evitar cair. Os fregueses me olham alarmados, mas não me preocupo.  Estou cambaleando e busco por ar. Como posso ter sido tão estúpida? Como posso ter acreditado, por um momento, que não estava apaixonada por ele?"


O livro é contado por uma menina indo pela primeira vez em Paris, então nós temos uma visão da magnifica cidade luz. Anna vai com Etienne St. Clair conhecendo alguns dos monumentos de Paris, eu já fui na cidade algumas vezes e acho que a autora relatou muito bem a cidade. Mas eu gostaria que ela tivesse conhecido melhor a cidade, mostrado mais monumentos, nem se quer uma voltinha pela Champs Ellise? Um absurdo! Anna não conheceu a Torre Eiffel (só de longe), nem o Arco do Triunfo! Como assim? Mas enfim, o pouco que ela mostrou da cidade, mostrou bem!

Achei os personagens bem relatados, mas são todos mostrados bem secundariamente, não conhecemos eles muito bem. Só mesmo a Anna e o St. Clair.
Não é um livro pra se ter na cabeceira e ler mil vezes, nem pra se perder nas palavras da autora, não da pra chorar e nem se emocionar, mas umas risadas até dá pra ter em alguns momentos. É um livro simples e fofo, não sei com que outras palavras posso simplificar ele.

"E pela primeira vez desde que cheguei em casa, estou completamente feliz. É estranho. Casa. Como eu pude querer estar aqui por tanto tempo, só para perceber que ela se foi. Estar aqui, tecnicamente na minha casa, e descobrir que minha casa agora é em outro lugar. Mas isso também não está certo.Sinto falta de Paris, mas lá não é minha casa. É mais algo do tipo sentir falta… disso. Desse calor pelo telefone. É possivel que lar seja uma pessoa e não um lugar? Bridge costumava ser meu lar. Talvez St. Clair seja meu novo lar.Eu reflito sobre isso a medida que nossas vozes vão se cansando e nós paramos de conversar. Nós só ficamos na companhia um do outro. Minha respiração. Sua respiração. Minha respiração. Sua respiração. Eu não poderei nunca dizer isso a ele, mas é verdade.Isto é estar em casa. Nós dois."

Welcome


Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça
na imaginação!

Clarice Pacheco